sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Atrasada sim, desatualizada não!


Por que Marin NÃO pode ser chefe da delegação Corinthiana no Japão?



A delegação Corinthiana que vai ao Japão disputar o Mundial de Clubes deve ser chefiada por alguém que represente nossa conduta, tradições e anseios. O indicado Marin, em nada se aproxima desse perfil. Muito pelo contrário.

Marin simboliza um passado que queremos ver sepulto não só no futebol, mas na política sobretudo. Nos anos em que nasciam os Gaviões da Fiel “Contra todo ditador que no Timão quiser mandar!”, o deputado Marin fazia dupla com Wadih Welu na Câmara dos Deputados pela ARENA, partido de sustentação política de um governo militar assassino.

Em um discurso em 09/10/1975, essa mesma dupla bandida cobrou explicitamente ações contra a TV Cultura (Canal 2 à época) e, duas semanas depois, o diretor de Jornalismo da emissora, o jornalista Vladmir Herzog, foi convocado pelos agentes do Exército para “prestar depoimento” em uma sessão de tortura. No dia seguinte, Herzog estava morto, enforcado, em mais uma manipulação do regime para simular suicídio. A íntegra do discurso encontra-se preservada aqui: http://download.uol.com.br/esporte/diario1.pdf . Wadih Welu, à época, era presidente ditador do Corinthians e seria derrubado anos mais tarde.

Marin foi governador do Estado de São Paulo indicado pelo regime militar, num momento em que atletas Corinthianos, liderados por Sócrates, faziam a campanha pelas “Diretas Já” e praticavam a administração participativa no clube sob a Democracia Corinthiana.

Marin foi atleta do rival bambi do jardim Leonor, de onde é torcedor e conselheiro. Faz parte de um clube que dedica sua existência à deturpação de nossos valores e a criar preconceitos com nossa identidade popular, multirracial e de várias religiões, muitas vezes pela imprensa.

No início desse 2012, o mesmo Marin roubou a medalha de um atleta do Sport Club Corinthians Paulista, medalha esta que deveria ser entregue ao atleta campeão. Ao invés disso, Marin, beirando seus 80 anos, surrupiou a medalha para seu bolso.

Não podemos aceitar que, depois de tanta luta pela democratização do País, pelo resgate e preservação de nosso legado, uma figura que representa um trajeto oposto a nossa história venha a ser premiada chefiando nossa delegação perante os Corinthianos residentes aqui e em outros países.

Marin NÃO! Antis NÃO!

Por reivindicar um Corinthiano (com C maiúsculo e th) na chefia de nossa delegação, este coletivo de torcedores exige, em decisão que passou pelos devidos processos democráticos de votação, o ex-jogador Wladimir como o verdadeiro merecedor dessa honraria, por tudo que fez pelo esporte, pelo país e pelo Corinthians.

Brigada Miguel Bataglia

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