domingo, 1 de dezembro de 2013

‘Se eu tivesse mil vidas não seria suficiente para agradecer o Dirceu e o Delúbio pela ajuda a meu pai’, diz Miruna


Miruna, filha de Genoino, professora de 32 anos, concedeu uma entrevista à Folha.
“Meu pai teve muitas decepções”, disse ela. “Mas com a mídia ela foi devastadora, o coração dele começou a rasgar ali. Ele tem uma mágoa profunda, uma dor com tudo o que é publicado.”
Miruna conta também da mágoa com os elogios feitos por alguns juízes antes de condená-lo no julgamento do Mensalão.
“Os elogios de alguns ministros antes de condená-lo] só o deixavam mais irritado. Era como se fosse um afago para depois meter a faca. Isso, hipócrita” disse ela.
Miruna falou da falta que sente do pai. “Estou sentindo muita saudade dele, muita mesmo. Na semana passada foi a apresentação de dança da minha filha e só estava eu para assisti-la [chora]. E isso nunca mais vai voltar. Ele nunca mais vai ver essa apresentação.”
A raiva que a domina ao falar da mídia mídia e dos juízes some quando o assunto é a “solidariedade” que seu pai recebeu.
“Lula, Dilma e o PT sempre tiveram solidariedade com o meu pai. (…) Já falei que se eu tivesse mil vidas e durante todas elas eu ficasse dizendo “obrigada” não seria suficiente para agradecer ao José Dirceu e ao Delúbio [Soares] por tudo o que eles estão fazendo pelo meu pai. Porque se teve alguém que cuidou do meu pai foram o Zé Dirceu e o Delúbio.”
“Eles foram atrás de água mineral para o meu pai parar de beber água da torneira. Insistiram e a polícia levou. É por isso que meu pai deve querer ficar na Papuda caso o STF não dê a domiciliar. Eles não querem se separar.”
Miruna disse que a mãe tem mostrado força, exceto numa ocasião.
“O único dia em que minha mãe perdeu a cabeça foi quando ele passou mal e o médico disse que ele precisava ir ao hospital, mas o juiz não autorizou. Ela gritou, chorou, ficou nervosa, se descontrolou.”

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